NARRATIVAS URBANAS E A RESSIGNIFICAÇÃO DO COTIDIANO: as experiências propostas por Rider Spoke e The Worst Tours

Lucas Barros

Resumo


Este trabalho faz um breve histórico de como a revolução industrial e comunicacional que trouxe para a centralidade da cotidianidade valores burgueses como a individualidade, resultando numa perda de experiência autêntica e declínio da narrativa tradicional, tal qual definidos por Walter Benjamin. Apresenta como o urbanismo surge enquanto prática e ganha protagonismo como forma de ação modificadora da estrutura das sociedades urbanas emergentes a partir do século XIX. Analisa as experiências das diferentes errâncias urbanas que, concomitantemente, desejam pensar este novo espaço urbano moderno, desde a flânerie, passando pelas vanguardas históricas do início do século XX até as experiências dos situacionistas nos anos sessenta e setenta. Apresenta as experiências de dois trabalhos contemporâneos distintos – um britânico e outro do Porto – como forma de ressignificar o espaço urbano através de ações onde os participantes são peças fundamentais, demonstrando a possibilidade de uma rua menos anônima e mais presente e interativa. Conclui ressaltando a importância do espaço urbano enquanto espaço de troca e construção de novas formas de narratividade e rememoração, resultando no que denominaremos como Babilônia Expandida –que se vale das potencialidades informáticas – e um exterior rugoso.


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