AUDIODESCRIÇÃO E O MUNDO LÚDICO DA INFÂNCIA: UMA REFLEXÃO SOBRE AD, INFÂNCIA E EXPERIÊNCIA TÁTIL
Resumo
O presente trabalho surge da inquietação de desenvolver um roteiro de audiodescrição (AD) para o público infantil cego de modo a atender suas especificidades. Como objetivo pretendeu produzir o roteiro de AD de um filme infantil no qual a tradução das imagens não se reduzisse a uma forma meramente descritiva, mas produzisse experiências estéticas em que crianças cegas pudessem se tornar ativas na produção de sentidos com
as imagens do cinema. Para esse intento a pesquisa procurou refletir sobre a concepção de infância apoiando-se em Walter Benjamin e Walter Kohan, bem como na forma como os cegos constroem imagens (Virgínia Kastrup). Como metodologia o trabalho se apoiou nos princípios da pesquisa-ação, posto que esta possibilita ao pesquisador intervir em um problema, e do estudo de caso, por considerar que apesar de cada caso ser singular, a descoberta de detalhes pode ser reveladora de modos de funcionamento “mais gerais”.
Como conclusão consideramos que os resultados foram satisfatórios apesar de não apresentarmos verdades definitivas, posto que a pesquisa aponta que toda a AD é um processo singular que precisa estar atento as especificidades do público ao qual se destina. Especificidade esta que está além da cegueira.
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