DIFERENTES FORMAS DE DIZER ADEUS: a morte das narrativas iniciáticas
Resumo
O presente trabalho se propõe analisar as diferentes representações da morte em filmes protagonizados por personagens infantis, buscando entender melhor a relação existente entre essa ferramenta narrativa e o amadurecimento dos personagens principais. Partindo do termo “narrativas iniciáticas”, cunhado pelo autor José de Souza Miguel Lopes, divido as análises em três grupos: O fim da inocência, onde analiso o primeiro encontro com a morte em Conta Comigo, de Rob Reiner, e Meu Primeiro Amor, de Howard Zief; A crueldade infantil na assimilação da violência, onde reflito sobre a crueldade infantil em Brinquedo Proibido, de René Clément, e Deixa Ela Entrar, de Tomas Alfredson; e O suicídio como anti-narrativa iniciática, onde discorro sobre a decisão de pôr fim a própria vida em Alemanha, Ano Zero, de Roberto Rossellini, e O Porco Espinho, de Mona Achache. Através da análise fílmica destas obras partindo de teorias de ritos de passagem, morte, infância e cinema de autores como Arnold Van Gennep, Victor Turner, Vicky Lebeau, Bert Cardullo, Monica Flegel e outros, as variadas facetas da morte existentes nas obras, assim como a estrutura das narrativas iniciáticas, são avaliadas.
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