A IMAGEM FÍLMICA NA ERA DO COLOR GRADING DIGITAL: A narratividade da cor e o look teal & orange em filmes blockbuster

Gabriel Passarelli Gomes

Resumo


O color grading digital tornou-se hoje uma etapa básica da pós-produção audiovisual. Os coloristas conseguem manipular de formas até antes impensáveis o material bruto, e podem ajustar detalhadamente as cores de um filme, o contraste, a textura etc. Esta monografia abordará o uso da cor no cinema e o consequente poder narrativo do color grading. Após uma breve contextualização do histórico da cor no cinema e sua importância, é feita uma reflexão sobre a dualidade afeto-emoção presente na percepção cromática da atmosfera fílmica e sobre a capacidade de a cor atuar como símbolo e transmitir informação. Posteriormente, com base na apresentação do básico de teoria de cores (círculos cromáticos, dimensões de matiz, intensidade e valor e harmonias tonais), é introduzido estética e tecnicamente o look teal & orange, o estilo de color grading mais utilizado por Hollywood em filmes blockbusters de ação. Nesse ínterim, são analisados, dentre outros, os filmes mais recentes da DC Comics, como Homem de Aço (Zack Snyder, 2013) e Mulher-Maravilha (Patty Jenkins, 2017). Além disso, é proposta uma reflexão sobre o quão pertinente um look pode ser para gêneros de filme e, mais ainda, quando ele é positivo ou negativo para a estética geral ou para a narrativa de uma obra cinematográfica.

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